UNIR lança estudo em parceria com organizações sociais


Publicado em: 26/07/2022 12:11:21

Em sete capítulos de diferentes autores, o caderno apresenta um panorama dos conflitos agrários e invasões.


A Universidade Federal de Rondônia (UNIR), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé lançaram na manhã de segunda-feira (25), durante um seminário na UNIR-Centro, o caderno de pesquisas Áreas protegidas de Rondônia em perigo: A luta dos povos da floresta na defesa dos seus territórios (acesse no anexo abaixo). “O objetivo é contribuir com o conhecimento científico sobre a situação das áreas protegidas em Rondônia, que vêm sendo invadidas por setores da economia extrativa, especialmente do agronegócio, cujos impactos socioeconômicos e ambientais têm atingido o meio ambiente e os povos amazônicos”, explica Ricardo Gilson, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG/UNIR).

Os estudos divulgados resultam do trabalho coletivo entre diversos grupos de pesquisa da UNIR e organizações sociais. Dividido em sete capítulos escritos por diferentes autores, o caderno apresenta um panorama dos conflitos agrários e das invasões em unidades de conservação e terras indígenas em Rondônia e áreas de entorno.

“As pesquisas demonstram que a densidade dos conflitos agrários em áreas protegidas se acentuou principalmente nos últimos quatro anos devido à desestruturação de políticas ambientais e de órgãos fiscalizadores. Desmatamento, extração de madeira, garimpo e mineração ilegais e invasão de terras indígenas contribuem para aumentar os índices de violência na região e desalojar comunidades tradicionais como indígenas, quilombolas e seringueiros”, avalia Ricardo Gilson.

Ivaneide Bandeira Cardoso, doutoranda no PPGE/UNIR, indigenista e líder da Kanindé, acrescenta: “Para entender o tamanho do problema precisamos pensar que o garimpo no [Rio] Madeira não traz prejuízos apenas para o local da extração, pois contamina o peixe com o mercúrio, que contamina toda a população da região resultando em doenças. E especialistas afirmam que vai demorar cerca de 20 anos para recuperar os direitos que foram perdidos até agora”.

Também participaram do seminário o professor Fernando Novoa, docente no Departamento de Ciências Sociais da UNIR e representantes da CPT e da ouvidoria da Defensoria de Rondônia.

Acesse aqui o Caderno Áreas Protegidas de Rondônia em Perigo.

Mais informações sobre o assunto podem ser obtidas no site do PPGG (https://posgeografia.unir.br/homepage) e do Grupo de Pesquisa em Gestão do Território e Geografia Agrária da Amazônia (GTGA - https://gtga.unir.br/homepage).

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